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Gente que
fez história |
Vicente
Augusto de Carvalho
1866 - 1924 |
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Vicente Augusto de Carvalho nasceu em Santos, a 5 de
abril de 1866.
Dos 11 aos 12 anos já estava trabalhando em uma
casa comercial, emprego que deixou para entrar no curso
preparatório em São Paulo.
Em 1882, através de uma dispensa de idade, conseguiu
matricular-se no Curso de Direito na Faculdade de São
Paulo, formando-se com apenas 20 anos.
Durante o período acadêmico foi redator da
"Idéia" e da "República",
onde publicou principalmente versos.
Em 1885 publicou seu primeiro livro de poesias: "Ardentias".
Em 1888 publicava "O Relicário", também
de poesias.
Depois de formado retornou a Santos |
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onde se integrou no movimento abolicionista subscrevendo
artigos e folhetins de propaganda, iniciando pelos pequenos
jornais da Mocidade Abolicionista: "O Patriota" e
"Idéia Nova". Seu primeiro artigo de crítica
política, publicado no jornal "Piratiny", tinha
o título de "Um Trânsfuga" e atacava
Rodolfo Fabrino por trocar de posição em troca
de cargo público. Veja
Abolição
Em 1889 redigia no "Diário de Santos" e, em
1890, fundou o "Diário da Manhã". Em
1902 publicou seu poema "Rosa, Rosa com Amor" e, em
1908, "Poemas e Canções".
Como republicano e abolicionista, Vicente de Carvalho atuou
junto a Silva Jardim, Rubim César, Miranda Azevedo, Augusto
Fomm e outros. Foi Diretor do Partido Republicano, Deputado
à Constituinte Paulista, integrante da comissão
de redação da Constituição do Estado
e estava entre os oito Deputados que renunciaram após
aprovação de proposta de apoio ao golpe de estado
do Marechal Deodoro. Depois disso, tomou parte ativa no movimento
para depor o Presidente do Estado, Américo Brasiliense.
Com a renúncia de Américo Brasiliense, Vicente
de Carvalho assumiu a Pasta do Interior no governo do Dr. José
Alves de Cerqueira César. Veja
República
Em 1895, em virtude de divergências com o governo, abandona
a vida pública e publica em "O Estado de São
Paulo" uma "carta aberta" onde declara também
abandonar o jornalismo.
Passa a se dedicar à advocacia em Santos e adquire uma
fazenda cafeeira em Franca. Mas a crise do café que começara
um ano antes se agrava e Vicente de Carvalho se coloca à
frente da reação agrícola-econômica
de São Paulo, apresentando uma representação
ao Congresso do Estado, assinada por mais de 200 agricultores,
onde apresenta plano através do qual o governo compraria
as sobras de café e as queimaria. No mesmo ano ele publica
"Solução da Crise do Café" que
anos depois (1929) seria adotada como solução
do problema. Veja
Memória - Café
Em 1908, por motivo de doença, Vicente de Carvalho transfere
sua banca de advocacia para São Paulo, lá sendo
nomeado Juiz Criminal da 3ª Vara Cível. Depois é
nomeado Ministro do Tribunal de Justiça.
Em 1909 publica "Verso e Prosa" e, em 1918, "Luizinha",
uma comédia em dois atos.
Em agosto de 1921 publica a "Carta Aberta ao Presidente
da República", oferecida ao então presidente
Dr. Epitácio Pessoa, da qual resultou a salvação
das praias santistas da aquisição por particulares,
tornando-as patrimônio público.
Vicente de Carvalho foi um dos fundadores do Liceu Feminino
Santista, membro da Academia Brasileira de Letras e da Academia
Paulista de Letras.
Faleceu em Santos, a 22 de abril de 1924, deixando grande número
de obras editadas e outras tantas inéditas. |
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