Gente que fez história
Dr. Xavier da Silveira
1840 - 1874
Joaquim Xavier da Silveira nasceu em Santos a 7 de outubro de 1840.
Realizou seus primeiros estudos na escola do professor Thomaz Rufino de Saes, depois passando aos cuidados do Pe. Joaquim José de Sant'Ana, que lhe deu a instrução secundária para mais tarde se matricular na Academia de Direito de São Paulo.

Entretanto, devido a problemas financeiros de sua família, teve de ingressar no comércio, contratando-se na Casa Vergueiro & Cia. É quando seus companheiros realizam subscrição que lhe possibilita fazer o curso jurídico sonhado.
Dessa forma, segue Xavier da Silveira para a faculdade de Direito em São Paulo. Meses depois, alguns dos contribuintes amigos não podem continuar a ajudá-lo, ao que Xavier da Silveira declara haver encontrado meios de subsistência. Trabalhando como guarda-livros de pequenos comerciantes, completa os três primeiros anos da faculdade. Nessa ocasião, entra como auxiliar de escritório de advocacia do Dr. Falcão e, mesmo antes da formatura, atua em causas no júri da capital paulista. Dessa forma, aceitando algumas causas, lecionando em colégios particulares e fazendo a escrita para o comércio, ele conseguiu seu bacharelado em Ciências Jurídicas e Sociais, em 1865.

Jurisconsulto, jornalista, poeta e orador, torna-se a figura mais popular da Província. Quando se instala a situação conservadora na Província em 1868, ele combate os erros do governo e encabeça sozinho a reação em nome dos perseguidos e oprimidos de Santos e São Paulo, convocando comícios e fazendo representações públicas.

Iniciada a causa abolicionista, Xavier da Silveira foi um dos primeiros que a abraçou, sendo o advogado que pleiteou o maior número de causas de libertação nos Foros de São Paulo e Santos.
Depois de abandonar para sempre o júri de São Paulo, ele retorna a Santos, tornando-se líder do movimento na cidade. Aqui funda o matutino "A Imprensa", pertencente a José Ignácio da Glória, também abolicionista. Depois assume a direção do "Diário de Santos".
Saiba mais em Abolição

Indicado para Deputado pelo Partido Liberal, Xavier da Silveira volta-se contra ele em 1867, publicando um "manifesto" ao povo de São Paulo, Santos e Campinas, acusando o Partido e seu dirigente de corrupção.

Morre lamentavelmente cedo, a 30 de agosto de 1874, vitimado pela varíola. Tinha apenas 34 anos. Considerado um dos maiores homens de sua época, mais de 50 jornais de todas as cidades de São Paulo fizeram comentários a sua pessoa.
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