Joaquim Xavier da Silveira nasceu em Santos a 7 de outubro
de 1840.
Realizou seus primeiros estudos na escola do professor Thomaz
Rufino de Saes, depois passando aos cuidados do Pe. Joaquim
José de Sant'Ana, que lhe deu a instrução
secundária para mais tarde se matricular na Academia
de Direito de São Paulo.
Entretanto, devido a problemas financeiros de sua família,
teve de ingressar no comércio, contratando-se na Casa
Vergueiro & Cia. É quando seus companheiros realizam
subscrição que lhe possibilita fazer o curso jurídico
sonhado.
Dessa forma, segue Xavier da Silveira para a faculdade de Direito
em São Paulo. Meses depois, alguns dos contribuintes
amigos não podem continuar a ajudá-lo, ao que
Xavier da Silveira declara haver encontrado meios de subsistência.
Trabalhando como guarda-livros de pequenos comerciantes, completa
os três primeiros anos da faculdade. Nessa ocasião,
entra como auxiliar de escritório de advocacia do Dr.
Falcão e, mesmo antes da formatura, atua em causas no
júri da capital paulista. Dessa forma, aceitando algumas
causas, lecionando em colégios particulares e fazendo
a escrita para o comércio, ele conseguiu seu bacharelado
em Ciências Jurídicas e Sociais, em 1865.
Jurisconsulto, jornalista, poeta e orador, torna-se a figura
mais popular da Província. Quando se instala a situação
conservadora na Província em 1868, ele combate os erros
do governo e encabeça sozinho a reação
em nome dos perseguidos e oprimidos de Santos e São Paulo,
convocando comícios e fazendo representações
públicas.
Iniciada a causa abolicionista, Xavier da Silveira foi um dos
primeiros que a abraçou, sendo o advogado que pleiteou
o maior número de causas de libertação
nos Foros de São Paulo e Santos.
Depois de abandonar para sempre o júri de São
Paulo, ele retorna a Santos, tornando-se líder do movimento
na cidade. Aqui funda o matutino "A Imprensa", pertencente
a José Ignácio da Glória, também
abolicionista. Depois assume a direção do "Diário
de Santos". Saiba
mais em Abolição
Indicado para Deputado pelo Partido Liberal, Xavier da Silveira
volta-se contra ele em 1867, publicando um "manifesto"
ao povo de São Paulo, Santos e Campinas, acusando o Partido
e seu dirigente de corrupção.
Morre lamentavelmente cedo, a 30 de agosto de 1874, vitimado
pela varíola. Tinha apenas 34 anos. Considerado um dos
maiores homens de sua época, mais de 50 jornais de todas
as cidades de São Paulo fizeram comentários a
sua pessoa. |