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Portuguesa
Santista - história e lutas |
1917 - Nasce a
Portuguesa
Em 1914, os emigrantes portugueses que trabalhavam no alto da
pedreira do Contorno, no Jabaquara, encantavam-se em assistir
um certo jogo de bola que acontecia mais abaixo, num campo que
pertencia ao Espanha Futebol Clube. Na época, cada colônia
de emigrantes da região possuía algum tipo de
agremiação esportiva, e até existia o Lusitano,
no Paquetá.
Por três anos o grupo de portugueses acalentou a idéia
de fundar um clube de futebol que não evocasse a raça,
mas a pátria distante, até que certo dia, reunidos
no salão do barbeiro Alexandre Coelho, eles tomaram a
iniciativa de fundar uma associação destinada
a atletas. Liderados por Lino do Carmo, eles marcaram para o
dia seguinte, 20 de novembro de 1917, a assembléia que
sacramentou a fundação da Associação
Atlética Portuguesa. Estavam presentes Avelino de Carvalho,
Bento Ribeiro, Antonio Peixoto, José de Mello, Albino
Marques, Serafim de Almeida, Maximino Campos, Manoel Ribeiro,
Manoel Tavares, Casemiro Leitão, Abel Rabelo, Luiz Fernandes,
Antonio de Almeida, Lino do Carmo e Alexandre Coelho. |

O time da Portuguesa em 1920 (foto A.A.Portuguesa) |
1920 - Campo da
Portuguesa é inaugurado com goleada
Em dezembro de 1920, é inaugurado o campo na Pinheiro
Machado, simples mas com toda a infraestrutura para sediar os
jogos da principal divisão do futebol santista: grama
nova, um quiosque para autoridades e imprensa, uma arquibancada
de madeira, bar, vestiários e sanitários. A reforma
pode ser feita graças à permissão para
cercar o terreno, obtida com o apoio de Afonso Serra e, principalmente,
de Ulrico Mursa, cujo nome seria dado ao estádio anos
depois. A partida inaugural foi uma goleada sobre o visitante
Sírio Futebol Clube, para alegria da torcida lusitana.
Placar: Portuguesa 6 x 0 Sírio 1927
- Fundação do Estádio Ulrico Mursa
O Estádio Ulrico Mursa é fundado em 1927. Em 1928,
é construída a primeira arquibancada em concreto
coberta da América Latina, o sonho concretizado de Benjamin
Alves dos Santos e Anthero Corrêa. 1920
a 1940 - Fase de crescimento no futebol
Em 1920 a Portuguesa Santista, como ficou conhecida, entra em
fase progressista onde desenvolveu e firmou seu futebol, tendo
a sua primeira participação no Campeonato Estadual
da APEA. Em 1929 |

O time de 1929 (foto A.A.Portuguesa) |
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participa pela primeira vez na Liga Amadora
de Foot-Ball e enfrenta sua primeira partida internacional,
contra o Vitória de Setúbal. O árduo
trabalho ano a ano é coroado em 1937, quando obtem
o 3º lugar no campeonato estadual, e em 1938, quando
repete a colocação e tem um jogador convocado
para a Seleção Brasileira. |
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1938 - O estádio
recebe iluminação
Em 1938, a Briosa inaugurou o sistema de iluminação
de seu estádio, composto de 4 grandes torres de ferro.
A partida inaugural foi contra o carioca Vasco da Gama. O primeiro
gol sob a iluminação artificial foi de Fantoni,
do Vasco, aos 17 minutos da etapa inicial.
Placar: Portuguesa 4 x 5 Vasco 1940
- Beristein conquista o coração dos torcedores
No ano de 1940 a Briosa contrata por 12 meses o argentino Berinstein,
conhecido por "chutar de letra" (tocando na bola com
o pé esquerdo, por trás da perna direita) jogada
que fazia até em cobranças de escanteios e pênaltis.
Neste ano, em partida disputada com o visitante Corinthians,
Beristein marcou 3 gols, conquistando para sempre o coração
dos torcedores da Lusa.
Placar: Portuguesa 5 x 2 Corinthians 1942
- O clube enfrenta grave crise financeira
Em 1942, a A. A. Portuguesa entra numa crise financeira que
se estende por mais de um ano. Para evitar a falência
total, em maio de 1943 o clube vende as 4 torres de iluminação
do Estádio ao Mogiana, de Campinas. Entre altos e baixos,
o futebol só viria a se recompor na década seguinte. |

1959 - A delegação da Portuguesa
de partida para a África
(foto A.A.Portuguesa) |
1950 a 1960 -
Lá fora, glórias; em casa, o rebaixamento
Em 1950, a Portuguesa parte para sua primeira excursão
ao exterior. Em Portugal, ela participa de 7 partidas, obtendo
5 vitórias e 2 derrotas. Em 1953, a Portuguesa é
rebaixada para a 2ª divisão mas, em 1955, uma assembléia
geral da FPF a coloca de volta na 1ª divisão.
Em 1959, a Lusa do então técnico Filpo Nuñes
parte para a África, afim de disputar jogos em Angola
e Moçambique. A Briosa permaneceu invicta nas 15 partidas
que disputou, marcando 75 gols e sofrendo apenas 10. A campanha
resultou em importante conquista, a "Fita Azul", dado
ao clube do país que obteve maior sucesso em uma excursão
no exterior. O termo Fita Azul foi empregado pela primeira vez
quando o navio Queen Mary superou os recordes de velocidade
de outras embarcações na travessia do Atlântico
Norte. A natação foi a primeira modalidade esportiva
que adotou o título, dado a atletas recordistas na prova
de 100 m livre. |

O time de 1959 posa no gramado de Angola
(foto A.A.Portuguesa) |
1958 - A luzes
voltam a brilhar no Ulrico Mursa
Uma campanha liderada por aficcionados, a "Campanha do
Coração em Prol da Iluminação"
conseguiu arrecadar a quantia necessária para iluminar
novamente o Estádio Ulrico Mursa. Desta vez as torres
foram construídas em concreto e a volta das luzes foi
celebrada com uma disputa contra o Santos.
Placar: Portuguesa 3 x 4 Santos |

1965 - O histórico gol de Samarone,
no Campeonato
de 1964 (foto A.A.Portuguesa) |
1965 - Decisão
histórica leva a Briosa à divisão especial
Entre os muitos jogos e conquistas da Portuguesa, uma se registra
de forma especial na história do clube: o título
da Primeira Divisão (Intermediária) no Campeonato
Paulista de 1964, que levou o clube novamente à Divisão
Especial. Após campanha em que disputou 28 partidas,
com 18 vitórias, 6 empates e 4 derrotas, a Briosa chega
à final, em março de 1965. Enfrentando a Ponte
Preta em Campinas e sob a enorme pressão da torcida adversária,
Samarone faz o gol que leva o time à vitória.
O time era formado por Cláudio, Alberto, Adelson, Zé
Carlos, Norberto, Osmar, Lio, Samarone, Valdir Teixeira, Pereirinha
e Baba. E mais Jorge, Joaquinzinho, Azulado, Nascimento, Betinho,
Waldir Castro, Cisca, Sergio, Maravilha, Celso, Silvio e Marçal.
Placar: Portuguesa 1 x 0 Ponte Preta |

O time campeão de 1964 (foto A.A.Portuguesa). |
1965 a 1990 -
Alto e baixo astral na Lusa
Após o título no Campeonato Paulista de 1964,
a Briosa permanece na divisão de elite do futebol paulista
até 1978, quando foi rebaixada para a segunda divisão.
Depois de 10 anos de baixo astral, em 1988, com a licença
da Federação Paulista de Futebol, a Portuguesa
suspende o Departamento de Futebol, licença que renova
nos 2 anos seguintes. Somente em 1991, a A. A. Portuguesa retorma
suas atividades no futebol profissional. |

1996 - O time de Serginho Chulapa (foto
A.A.Portuguesa). |
1996 - Após
fraca campanha, o retorno à 1ª divisão
Em 1996, conduzido pelo polêmico treinador e ex-centroavante
Serginho Chulapa, o time da Portuguesa obtem o 2º lugar
no Campeonato Paulista - série A-2, que lhe garante o
direito de retornar à 1ª divisão do futebol
paulista. A campanha totalizou 35 disputas, sendo 13 vitórias,
12 derrotas e 10 empates. O time marcou 34 gols e sofreu 40.
Apesar de não tão brilhante quanto a de 64, a
campanha de 96 teve o mérito de levar o time de volta
à elite do futebol paulista.
2000 - Novas luzes
para o Ulrico Mursa
No ano de 2000 foi reinaugurado o sistema de iluminação
do Estádio da Portuguesa Santista. Para comemorar, o
time convidado foi o São Paulo. Placar: Portuguesa 3
x 1 São Paulo |

O Estádio Ulrico Mursa, tal como
é hoje (foto A.A.Portuguesa). |
Para saber mais: www.portuguesasantista.com |
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