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Santos
- Morros |
Morro de São
Bento
Chegou a chamar-se Morro do Desterro por causa da Capela de
Nossa Senhora do Desterro, construída em 1550 por Bartolomeu
Fernandes Gonçalves. Mais tarde foi construído
um mosteiro ao redor da capela mais antiga da cidade - o Mosteiro
de São Bento, fundado em 1650, e que acabou dando nome
ao morro. Entre os primeiros ocupantes do morro havia espanhóis
e italianos, mas as numerosas famílias vindas da Ilha
da Madeira eram maioria absoluta, o que tornava o bairro uma
típica vila portuguesa, com uma concentração
de bordadeiras que logo fizeram fama na cidade. |

Imagem de alguns morros em 1920: as pessoas
no primeiro plano estão no Morro
da Penha; no centro se vê o mosteiro e as casas do Morro
de São Bento; e ao
fundo o Monte Serrat, tendo no seu sopé a Santa Casa
(coleção João Gerodetti). |
Monte Serrat
As primeiras terras de Brás Cubas pertenciam ao Monte
Serrat, ficando a área conhecida como Morro de Brás
Cubas ou Morro do Vigia. Em 1760, com a construção
da Capela de São Jerônimo em seu sopé, o
morro toma o nome da igreja, passando a ser chamado Morro de
São Jerônimo. Como o Monte veio a se chamar Monte
Serrat é história mais antiga ainda, que começa
com a devoção à Nossa Senhora de Monte
Serrat - a história começa na Catalunha, Espanha,
em 1564, quando um monge retirou-se para Monteserrat, montanha
daquela região, erguendo ali um eremitério em
homenagem à Virgem; anos mais tarde o eremitério
espanhol se tornou um convento de monges beneditinos que espalharam
a devoção à Nossa Senhora do Monte Serrat
por todos os lugares onde passavam - a imagem original era esculpida
em ébano, razão da denominação de
"Virgem Morena" que os espanhóis lhe dão.
Quando o governador geral Francisco de Souza esteve aqui, mandou
construir a capela no Monte Serrat em 1602 para que fosse entregue
aos beneditinos assim que se estabelecessem em Santos. Conta
a lenda que quando os holandeses invadiram a ilha em 1614, a
população da Vila de Santos refugiou-se no alto
do Monte, pedindo proteção à Virgem do
santuário. Quando os invasores se aproximaram do alto
do Monte, uma inesperada avalanche de pedras matou muitos deles
e colocou os demais em fuga. Desde então a população
da Vila passou a considerar a Virgem do Monte Serrat como sua
padroeira, o que foi oficializado pela Câmara Municipal
em 1954. Saiba
mais em História - Cidade. |

A subida do Monte Serrat tem uma atraçao
especial:
a antiga via sacra, recentemente restaurada (foto PMS). |
Morro do Saboó
Primeiro do conjunto de morros habitados de Santos, o Morro
do Saboó deu o nome ao bairro onde está situado.
O nome é corruptela do tupi "saoóg":
"sab" significa pelo, cabelo ou vegetação,
e "og" significa arrancar; precedido do "o"
revela coisa natural e não que a vegetação
tenha sido arrancada pelo homem; ou seja, o Morro do Saboó,
de constituição granítica, sempre teve
rala vegetação quando comparado aos demais morros. |

Aspectos da Vila Progresso, no Morro da
Nova Cintra. |
Morro do Pacheco
Sua ocupação data do início do século,
quando para lá se transferiram portugueses e espanhóis.
Aos poucos, os nordestinos foram chegando e se espalhando por
suas íngremes encostas. Hoje em dia, o Pacheco é
um dos morros mais habitados da cidade. Morro
do Marapé
Este morro tomou o nome do bairro onde se localiza, criado em
1953. O Marapé é um bairro de muitas tradições
e folclore, por seu passado e pelo mistério que envolve
a Cruz de Pedra ao pé do morro (final da Rua Joaquim
Távora): até hoje não se sabe a razão
de ser da cruz nem quem a construiu. Aos pés do morro
se situa o maior cemitério vertical do mundo, de acordo
com o Guiness World Records. |

Vista da encosta do Morro do Marapé. |
Morro de Nova
Cintra
Com a chegada dos portugueses ocupando as terras férteis,
surgiram as primeiras chácaras no morro, que lembrava
muito uma aldeia portuguesa, ficando conhecido por "Tachinho".
Por muito tempo também foi conhecido como Morro dos Prados.
O nome atual foi dado por José Luiz de Matos, que ali
se instalou em fins do século XIX e construiu uma capela:
a de São João Batista. José Luiz de Matos
vinculou o lugar à Cintra, cidade de Portugal com topografia
semelhante. O morro, apesar de estar quase que totalmente habitado,
conserva até hoje muitas de suas belezas naturais, como
a Lagoa da Saudade, cuja área foi totalmente reurbanizada
em junho de 2000 - ganhou área de lazer com um playground,
quiosques para churrascada, estacionamento e uma rampa de skate
profissional, a única de caráter público
em todo o litoral paulista. Saiba
mais sobre esta área na seção Atrações
- Passeios. Morro
do Jabaquara
Assim chamado por se localizar no bairro do mesmo nome. Noutros
tempos, ali nascia o rio que atravessava a região que
se tornou reduto de escravos fugidos de todos os cantos do estado,
pois ali existia o maior quilombo de Santos, o Quilombo do Jabaquara. |

Vista da encosta do Morro do São
Bento: as casas construídas no
morro parecem se mesclar às do bairro do Jabaquara, na
planície. |
Morro do José
Menino
Foi colonizado e desbravado por Joaquim Fraga, que possuía
um grande sítio no ponto mais alto do morro. Ele abriu
caminhos e, aos poucos, chegaram novos moradores que espalharam-se
pelas encostas. Foi conhecido também como Morro dos Fragas,
mas depois tomou o mesmo nome do bairro onde se encontra.
Morro de Santa
Terezinha
Por muito tempo foi conhecido como Morro do Loureiro, por ter
sido comprado por Francisco Loureiro, que em seu alto construiu
uma capela em homenagem à Santa Terezinha e uma estrada
que levava até ela. A capela acabou emprestando seu nome
ao morro. Nos anos 60, o morro foi loteado como condomínio
fechado destinado apenas à classe alta da sociedade santista.
Hoje, ele concentra grandes residências de luxo.
Morro do Fontana
Morro situado entre o Morro de São Bento e o Morro do
Bufo. Seu nome provém de Joaquim Fontana, um italiano
que foi proprietário de toda a gleba em fins do século
XIX. |

Esta casa é histórica, uma
das mais antigas do pequeno Morro do Fontana
e parece fazer parte de um cenário de pura beleza. |
Morro do Bufo
Está situado entre o Monte Serrat, o Morro do Fontana
e o Morro de São Bento. Seu nome é uma grande
incógnita. A palavra "bufo" tem vários
significados: o mais conhecido é o que se refere à
ação de bufar e outro menos conhecido é
o de uma ave noturna da família das corujas. Quem sabe,
em outros tempos, talvez o Morro do Bufo abrigasse uma ou várias
dessas aves. Morro
da Penha
O Morro da Penha situa-se no Bairro do Valongo. Este morro se
distinguia pela existência em seu sopé de uma rocha
saliente, e foi devido a isso que o povo começou a chamá-lo
Morro da Penha. O mesmo nome acabou batizando o pequeno núcleo
de habitantes e a sua rua principal - a Travessa da Penha, bem
como a famosa Cia Cervejaria Penha. Finalmente, a Travessa da
Penha recebeu o nome de Rua Marquês de Herval, por iniciativa
do vereador Xavier Pinheiro, que assim homenageou o lendário
Osório que esteve em visita oficial à cidade em
1877.
Morro de Santa Maria
Situado no bairro do mesmo nome, começou a ser ocupado
no início do século XX, com alguns sítios
de onde cerca de 15 famílias tiravam seu sustento. Nos
últimos anos, obras da Administração Municipal,
como pavimentação das ruas, instalação
de rede de esgoto, água e iluminação pública
transformaram o lugar, que tem cerca de 1.700 moradores. |

O morro de São Bento, cujo povoamento
é dos mais antigos da cidade. |
Outros morros
A cidade possui ainda outros morros, segundo a planta elaborada
pela Sociedade de Levantamentos Aerofotogramétricos em
1963 e que foi adotada pela Prefeitura Municipal de Santos.
São eles: |

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Morros Chico de Paula e da Caneleira situados nos respectivos
bairros dos mesmos nomes. |

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Morro do Belmiro - pequeno morro entre o Fontana e o
Pacheco, que tomou, assim como a Vila Belmiro, o nome
do proprietário de suas terras, Belmiro Ribeiro
de Moraes e Silva, vereador e prefeito da cidade. |
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Morro da Boa Vista - um morrinho entre o Morro do Pacheco
e o Morro da Penha, que tem esse nome devido ao panorama
do Estuário que ele proporciona. |
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Morro do Cutupé - que abrange os dois municípios,
Santos e São Vicente, e cujo nome origina-se do
tupi que significa "bom caminho" (nos tempos
primitivos, por ali passava o melhor caminho de um lado
a outro da ilha). |
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E ainda, os morros de São Jorge, da Palmeira,
do Palerma, de Santa Tereza e da Cachoeira. |
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Ilha Urubuqueçaba
Ilhota junto à praia do José Menino, também
conhecida como Ilha das Cobras, por ali haver grande incidência
de cobras, hoje em menor quantidade. O nome Urubuqueçaba
vem de "urubu" e "queçaba" ou "qui-çaba"
(pouso, recolhimento), significando "pouso de urubus".
Com a chegada do progresso, os urubus foram procurar pousos
mais tranquilos. Hoje, a ilha é propriedade particular
comprada em 1963 por Cláudio Pires Castanho Doneux, homem
de grandes empreendimentos imobiliários da cidade, que
incorporou e construiu o complexo do Parque Balneário
(shopping, hotel e três prédios residenciais). |
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1 - Monte Serrat
2 - Fontana
3 - São Bento
4 - Pacheco
5 - Penha
6 - Jabaquara |
7 - Nova Cintra
8 - Saboó
9 - Chico de Paula
10- Santa Maria
11 - Caneleira
12 - Cachoeira |
13 - São Jorge
14 - Marapé
15 - Santa Terezinha
16 - José Menino
17 - Ilha Urubuqueçaba |
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