Bairros de Santos
Centro
No século XVI, o Centro não passava de uma porção de terras incultas, despovoada e salpicada de brejos, fértil e com água excelente - era o "Lagamar do Engaguaçu". Pois foi justamente no Engaguaçu que se instalaram Domingos Pires e Pascoal Fernandes, considerados os primeiros povoadores de Santos. Mais tarde, Brás Cubas adquire terras na região e instala-se junto ao Outeiro de Santa Catarina
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Hoje, o Centro é bairro de intenso movimento de pessoas e veículos, pois lá se concentra grande número de escritórios, bancos e empresas de todos os setores, bem como os principais órgãos públicos do Município. Muitos santistas se referem ao Centro como "cidade", costume originado durante o desenvolvimento do Município que, até a metade do século XX, concentrava ali a maior parte da população. O Centro possui alguns dos principais pontos turísticos do município: Outeiro de Santa Catarina, Bolsa Oficial do Café, Palácio José Bonifácio (que abriga a Prefeitura), Teatro Coliseu, entre outros. Em setembro de 2000 foi inaugurada a linha de Bonde Turístico, com ponto inicial na Praça Mauá e que passa pelos principais edifícios históricos da codade.
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Aspectos da Praça da República por volta de 1910, quando de sua
reinauguração, após a demolição da antiga Matriz (imagem M.Serrat).
Bairro do Valongo
Ali existia um engenho de açúcar e aguardente, o Engenho São João, propriedade dos irmãos José Adorno e seus irmãos, Paulo e Francisco, genoveses de origem e que, em seu dialeto genovês, chamavam de "va-al-longo" o único caminho então existente à beira do porto. Mais tarde, quando ali já havia surgido um núcleo habitacional, a palavra aglutinada deu o nome ao bairro do Valongo. No Valongo está uma das primeiras igrejas construídas em Santos, a Igreja e Santuário de Santo Antonio do Valongo e seu convento e a Capela da Venerável Ordem 3ª de São Francisco da Penitência.

Vista do bairro do Valongo em 1998. A foto é pura história: o local
do antigo Porto do Bispo, e os centenários edifícios do Largo Marquês
de Monte Alegre (foto de Berenice K. Abud)
Bairro do Monte Serrat
O Monte Serrat é um dos pontos mais altos da cidade, com 147 metros acima do nível do mar, proporcionando uma das mais belas vistas panorâmicas que temos. Além do Monte, cartão postal de Santos, o bairro compreende as vias públicas que se alinham em seu sopé. O Bairro conta, para a subida ao morro, com o bondinho funicular datado de 1923 e com uma escadaria de 415 degraus. É o menor bairro de Santos, criado pelo Plano Diretor Físico de 1968, e sua história está intimamente ligada com a história do Monte Serrat.

Vila Nova

O bairro foi formado quando os moradores mais abastados começaram a deixar a região do Valongo, que se popularizava e se tornava comercial, para estabelecer residência na área entre o Paquetá e a atual Av. Campos Sales, entre o porto e a Av. Senador Feijó. O bairro ganhou o nome de Vila Nova e era o mais rico de Santos no início do século XX, conhecido nos áureos tempos como Vila Rica, pois ali se localizavam os mais finos palacetes, onde residia a elite da cidade. Bem mais tarde, as famílias nobres foram se mudando para as principais avenidas e para a orla da praia. Atualmente, o bairro abriga, em grande parte, o comércio de armazéns e comércio em geral.

Vista da Vila Nova por volta de 1920, onde se pode ver ao fundo os
armazéns do Outeirinho e o bairro do Macuco (imagem M.Serrat).
Bairro do Paquetá
O nome evoluiu do indígena "paai-que-tá", adotado na época da colonização pelos portugueses, e referia-se ao lodo compacto e pegajoso, sem vegetação alguma, que existia antigamente na região. Aos poucos foi sendo aterrado e urbanizado e hoje abriga um cemitério e muitas casas comerciais.

Vila Mathias
A denominação deve-se ao Sr. Casimiro Alberto Mathias da Costa, cidadão português, mas integrado na vida cívica, social e literária de Santos. Era proprietário de inúmeras glebas, doando muitas à municipalidade para a abertura de ruas e avenidas. Foi Mathias da Costa quem inaugurou um serviço de bondes puxados por burros, em 1887, ligando o Centro à Vila Mathias. Teve morte trágica em 1889, sendo assassinado pelos irmãos Antonio e Olívio Lima por questões de terras. Vila Mathias é um bairro de muitas tradições e sua história está ligada ao início dos transportes coletivos da cidade. Foi dele que saiu a primeira Miss Brasil, Maria José Leone - chamada Zezé Leone, no primeiro Concurso de Beleza promovido pelo Liceu de Artes e Ofícios do Rio de Janeiro, em 1930 (concurso que veio a instituir o de Miss Brasil). Atualmente, é um dos bairros mais importantes de Santos, pelo intenso comércio que concentra.

Vista da Vila Mathias por volta de 1920, com o cruzamento das atuais
avenidas Rangel Pestana, Ana Costa e Pinheiro Machado (img M.Serrat).
Bairro da Encruzilhada
Para chegar à Barra em meados de 1822, a população que residia no Centro, Valongo e Paquetá utilizava o Caminho da Barra. Esse trajeto era formado pelo que hoje seria a Praça da República, Rua Brás Cubas (partindo do Centro), Av. Washington Luís e ruas Luiz de Camões e Oswaldo Cruz (chegando na praia). Em 1867, Ignácio Wallace da Gama Cochrane, presidente da Câmara que na época atuava como prefeito, abriu uma ''via expressa'' para a praia, denominada inicialmente Caminho Novo da Barra, mais tarde Rua Otaviana, Rua da Independência e finalmente, Conselheiro Nébias. O encontro dos dois caminhos - o Velho e o Novo - passou a ser chamado de Encruzilhada. Tornou-se tão popular a encruzilhada que, ao se criar oficialmente o bairro, o prefeito nada mais fez senão adotar o nome já tradicional.

Bairro do Boqueirão

Assim era chamado o lugar da praia onde desembocava o antigo Caminho Velho da Barra, hoje as ruas Luiz de Camões e Oswaldo Cruz. Naquela época, era a única entrada para o mar. Por ali passavam bondinhos puxados por burros, poucos carros e pedestres a caminho da praia. Conhecido como Boqueirão da Barra, passou a ser chamado apenas Boqueirão a partir de 1840. Era nesse bairro que se localizava a propriedade do naturalista Júlio Conceição, um exótico jardim botânico conhecido como Parque Indígena, nos anos 30. A praia do Boqueirão foi a primeira a receber turistas de outros locais para lazer e banhos de mar. E foi também no Boqueirão que se construiu o primeiro "shopping" do Brasil, o Super Centro Comercial do Boqueirão, com 205 lojas, inaugurado em 1963. 

O Miramar, por volta de 1925, que concentrava cinema, teatro e cassino,
constituindo-se na principal atração do Boqueirão (imagem M.Serrat).
Ilha Barnabé
Um dos locais mais significativos da história de Santos, bem no início da colonização, foi chamada de Ilha Mirim ou Ilha Pequena. A partir de 1540 foi denominada de Ilha de Brás Cubas, quando este ali se estabeleceu. Depois, no século XVII, a ilha foi doada aos frades do Carmo por Pedro Cubas, e passou a ser chamada de Ilha dos Frades ou Ilha dos Padres. No século XVIII chegou a ser chamada de Ilha do Carvalho e, finalmente, no século XIX, de Ilha Barnabé, por haver pertencido à Barnabé Francisco Vaz de Carvalhaes, um importante cidadão santista. Mais tarde, a histórica ilha passou a ser utilizada pela Cia Docas de Santos, que ali construiu enormes tanques de petróleo bruto destinado a refinamento pela Refinaria Presidente Bernardes, em Cubatão.

Bairro do Macuco
Foi o maior bairro de Santos, mais tarde desmembrado pelo Plano Diretor Físico do Município. Sua história se origina com a família Macuco, que era possuidora de grande parte da região hoje ocupada pelo bairro. O proprietário da área, Francisco Manoel Sacramento, português e açougueiro, apreciava a caça e frequentemente se entregava à perseguição dos macucos que existiam por ali, tanto que foi apelidado de Macuco. Mais tarde ele acrescentou o apelido ao sobrenome, de modo que foi transmitido a seus descendentes.
O bairro do Macuco é um dos mais tradicionais da cidade, guardando em suas ruas antigos mercadinhos, botequins, avícolas e pequenas lojas, e a vida tranquila de um bairro que nasceu para abrigar os trabalhadores do porto e onde hoje vivem os seus descendentes. Nele se situam a Bacia do Macuco e a já tradicional Escola de Samba X-9.

O Macuco, dos mais antigos bairros de Santos, possui vasto patrimônio
arquitetônico que deveria ser preservado, como a pequena venda da foto.
Bairro do Gonzaga
Quando o Sr. Casimiro Alberto Mathias da Costa, proprietário da Empresa de Bondes de Vila Mathias, se dispôs a estender suas linhas de bonde puxados a burro em direção à Barra (como era chamada a praia), Antonio Luiz Gonzaga, esperto comerciante, montou um boteco onde hoje é a Rua Marcílio Dias esquina com a praia. O local veio a se tornar muito conhecido, pois Luiz Gonzaga ampliou suas instalações, construindo cabines de banhos e um abrigo para as pessoas que esperavam o bonde. O pequeno abrigo ficou conhecido como o Ponto do Gonzaga e tornou-se parada obrigatória dos bondinhos. Assim surgiu o nome do bairro, que tomou o nome de seu primeiro povoador negociante, um santista de nascimento. Hoje o Gonzaga é o bairro mais tradicional e principal ponto comercial e turístico de Santos, pois lá se concentram os melhores hotéis da cidade, cinemas, dois shopping centers, bares, restaurantes e lojas variadas.
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A Praça da Independência no Gonzaga por volta de 1920. (foto M.Serrat)
Bairro da Alemoa
É um dos mais antigos bairros de Santos, com 140 anos de existência. Ali ficava o Sítio da Vargem, propriedade de Adão Kunem e Jacob Emmerich, conhecido como "sítio do alemão". Enviuvando, Adão casou-se com sua patrícia, a alemã Maria Margarida Vibrack. Anos depois do falecimento de Adão, a viúva casou-se novamente e continuou a viver no sítio que, aos poucos, passou a ser chamado popularmente de "sítio da alemoa". Quando a área se tornou bairro, manteve a mesma denominação errônea de Alemoa. No início do século, a área não passava de um extenso manguezal e hoje ocupa um lugar de destaque no desenvolvimento da cidade, sendo o elo de ligação da cidade com o Porto e o Retro-Porto.

Bairro do José Menino
José Honório Bueno, descendente de Amador Bueno da Ribeira, aos 62 anos e separado da esposa Gertrudes Maria Madalena, amancebou-se com Porcina Maria dos Anjos, de apenas 16 anos. Dessa união resultou 3 filhos, o primeiro dos quais levou o seu nome - o José "menino", que veio a ser despachante geral da Alfândega. José Honório Bueno, patrono do José Menino, faleceu em 1854, aos 90 anos de idade. No bairro do José Menino muitos fazem suas orações defronte à imagem de Nossa Senhora de Lourdes, na gruta ao pé do morro do José Menino, junto ao túnel por onde passam os trens da Fepasa rumo a São Vicente.

O bairro do José Menino por volta de 1908. No meio das casas dos caiçaras
começa a surgir o bairro, com alguns palacetes e o Hotel Internacional (à direita)
Pompéia
Criado pelo Plano Diretor de 1998, o bairro da Pompéia é o mais novo de Santos e está delimitado pelas avenidas Bernardino de Campos (Canal 2) e Pinheiro Machado (Canal 1), na faixa que vai da orla da praia até a avenida Francisco Glicério. Desmembrado do bairro do José Menino, ganhou o nome da Igreja N. Senhora do Rosário de Pompéia. Além da Igreja, o bairro abriga a reitoria e o primeiro e um dos principais campus da UniSantos (Universidade Católica de Santos).

Bairro do Embaré
Vem da palavra tupi "mbraahé" - conforto para as enfermidades, alusiva à qualidade das águas e dos banhos de mar nessa faixa da praia, que tinham propriedades terapêuticas. Ali estabeleceu sua chácara o Visconde do Embaré, que mandou construir uma capela sob a invocação de Santo Antonio do Embaré, permanecendo o bairro com o mesmo nome.

Bairro do Jabaquara
No final do século XIX, ali existia uma grande várzea conhecida como Sítio Jabaquara, onde se situou um dos maiores quilombos do Brasil, o Quilombo do Jabaquara, comandado por Quintino de Lacerda e com despesas custeadas pelo movimento abolicionista santista. O Quilombo do Jabaquara acolhia qualquer e todo escravo que aparecia. Com o tempo, a fama do lugar atingiu o país inteiro e ficou conhecido como refúgio dos escravos. No Jabaquara veio a se instalar a Santa Casa em seu novo prédio, depois que o desabamento do Monte Serrat destruiu parcialmente o hospital.

O bairro do Jabaquara visto do Morro do Fontana onde se vê,
em primeiro plano, a Av. Waldemar Leão após a saída do túnel.
Bairro do Marapé
Segundo Francisco Martins dos Santos, estudioso da língua tupi, o nome Marapé é a evolução de "perapé", depois "parapé" - pera (mar) e pé (caminho), significando caminho do mar, alusivo ao primeiro caminho dos indígenas da ilha e o único que existiu durante séculos, ligando a parte da ilha que fica para o Estuário com a parte que se estende para o mar aberto. O caminho do Marapé teria sido aberto por Pascoal Fernandes e Domingos Pires, os primeiros povoadores de Santos, que na verdade apenas melhoraram o que já existia, feito pelos índios; era a comunicação com a praia que levava à Vila de São Vicente, independente da passagem que havia por cima dos morros e que desembocava no Cutupé. A criação do bairro se deu em 1953 e hoje o Marapé é um bairro de muitas tradições e folclore, por seu passado e pelo mistério que envolve a Cruz de Pedra ao pé do morro (final da Rua Joaquim Távora): até hoje não se sabe a razão de ser da cruz nem quem a construiu. O bairro também é conhecido por ter o maior cemitério vertical do mundo: o Memorial, que fica na avenida Nilo Peçanha e tem o seu nome incluído no "Guiness Book of Records".

Bairro do Estuário
Bairro criado pelo Plano Diretor Físico do Município (1968), assim denominado porque estende-se para o estuário. Antes disso, com uma área bem menor, era chamado popularmente de Pau Grande, herança dos tempos em que ali havia um imenso tronco de figueira. A esta área somou-se uma parte do bairro do Macuco, formando-se o bairro do Estuário.

O bairro do Estuário por volta de 1920, quando ainda
fazia parte do bairro do Macuco (imagem M.Serrat).
Bairro do Saboó
A palavra saboó tem origem indígena e significa "pelado de vegetação", em alusão ao morro ali situado, que era pelado em comparação com os demais. Nessa área foi inaugurado o Cemitério da Filosofia, em 1892, popularmente conhecido como Cemitério do Saboó. Com a expansão da cidade, o bairro recebeu muitos melhoramentos e um grande conjunto habitacional, o Athié Jorge Coury, que concentra a maior parte da população do bairro, de 11 mil moradores.

Bairro do Campo Grande
Na verdade, era um campo grande, pantanoso e com extenso matagal, um verdadeiro brejal, habitat de animais e refúgio de vagabundos e desordeiros. Em 1890 foi dividido em lotes, surgindo em seu lugar o bairro do Campo Grande, hoje um dos mais populosos de Santos e o único que não possui praças.

Vila Belmiro
Sua denominação provém de seu patrono, Belmiro Ribeiro de Moraes e Silva, figura influente na vida política e econômica do Município, que exerceu o cargo de Prefeito por duas vezes. Proprietário de muitas terras, algumas glebas ele doou à Municipalidade, e outras ele loteou, criando a Vila Operária, mais tarde Vila Belmiro, por desejo dos próprios moradores, que assim o pleitearam em reconhecimento a seu benfeitor. Este é o bairro mais famoso do mundo por abrigar o estádio do Santos Futebol Clube, de onde surgiu o ídolo Pelé, chegando a ser chamado Vila Famosa depois de tantas glórias que o clube e Pelé conquistaram.

A Vila Belmiro vista do Morro de São Bento, onde se pode ver o mais famoso estádio do mundo. A linha de prédios ao fundo faz parte do Bairro da Pompéia.
Jardim Santa Maria
Os loteadores deste bairro foram, entre outros, os Srs. Ivo Merlim, Dr. Tomás Amarante e Nagib Haddad, na década de 40. Eles nada mais fizeram senão conservar o nome da região, já popularmente chamada de Santa Maria, em homenagem à Virgem Santíssima. Tem cerca de 6 mil moradores, a maioria deles proprietários. Uma curiosidade é quanto aos limites geográficos do bairro. o trecho entre o canal da Jovino de Melo e a Rua Francisco Di Domênico é parte do Santa Maria, e não da Areia Branca, como muitos pensam.

Bairro da Caneleira
Desde muito tempo o local já era chamado Caneleira por causa da existência ali de grande quantidade dessas árvores de casca odorífera. A região foi loteada em 1955 pelo Sr. José Carlos Assunção e pelos representantes do espólio de Francisco Gomes Peres. Com a aprovação do loteamento pela Prefeitura, estava oficialmente criado o Bairro de Caneleira. Passados 40 anos, o bairro de 459 mil m² continua sendo tipicamente residencial, ocupado por casas que abrigam uma população de aproximadamente 2.800 habitantes.

Jardim São Manoel
Situado na Zona Noroeste, é um de seus bairros mais afastados. Ocupa uma área de 750 mil m², entre a linha da estrada de ferro Santos/Jundiaí, a Via Anchieta e o Rio Casqueiro, fazendo divisa com Cubatão. o Bairro surgiu de um loteamento da década de 50. Foi batizado por seus loteadores, os irmãos Varella, com o nome de seu pai, Manoel de Souza Varella que, vindo de Portugal muito jovem, trabalhou como caixeiro-viajante, morou em São José do Rio Preto e, chegado a Santos em 1935, aqui fundou a Cia de Armazéns Gerais Varella e exerceu atividades no ramo imobiliário, incorporando vários edifícios na orla da praia.

Bairro do Bom Retiro
O comerciante italiano Ézio Testini se estabeleceu no bairro com um negócio de imóveis - a Imobiliária Bom Retiro. Testini, empreendedor e de nobres iniciativas, prestou relevantes serviços em prol de melhoramentos básicos e de desenvolvimento urbano para o bairro, que tomou o nome de sua casa comercial. A grande referência do bairro é o Jardim Botânico Chico Mendes. Tipicamente residencial, com população de quase 7 mil habitantes, conta com comércio variado, uma escola municipal e a Policlínica situada na Rua João Fracarolli.

Jardim Rádio Clube

Assim chamado por ali estar instalada a torre de transmissão da Rádio Clube de Santos, a primeira estação rádio-transmissora a instalar-se na cidade. O primeiro loteamento de glebas do bairro, datado da década de 50, levou o mesmo nome com o consentimento da diretoria da rádio.

Bairro Chico de Paula
O bairro Chico de Paula, na Zona Noroeste, tem seus limites com a Via Anchieta e os bairros do Saboó e da Alemoa. Parte dele é residencial, com cerca de 3.500 moradores, e parte é comercial, abrigando um grupo de transportadoras. Sua denominação provém de Chico de Paula, como era conhecido Francisco de Paula Ribeiro, vereador em 1883 e presidente da Associação Comercial de Santos em 1885. Como engenheiro da Cia Docas de Santos (hoje Codesp), lhe coube a tarefa de construir o primeiro trecho de cais corrido do porto de Santos, obra essa que valeu como um autêntico serviço de saneamento para a cidade. Mas Chico de Paula deixou outros legados à cidade: foi pai dos ilustres santistas Abraão e Samuel Ribeiro, e avô de Francisco Luiz Ribeiro, prefeito em 1951.

Vila São Jorge
No século XVII havia naquelas terras um pequeno aglomerado de casas, ao redor do antigo engenho de cana-de açúcar de São Jorge dos Erasmos. As terras pertenciam a Otávio Ribeiro de Araújo, que se dispôs a recuperar e lotear as áreas de sua propriedade encravadas entre as encostas do Morro de Nova Cintra, o Bairro da Caneleira e av. N. Senhora de Fátima. A Vila São Jorge faz divisa com o bairro do mesmo nome em São Vicente - os dois receberam o mesmo nome porque aquela região era cortada pelo Rio São Jorge. A partir de 1979, o bairro começou a ser urbanizado, recebendo diversas melhorias. É basicamente residencial, com um dos maiores conjuntos habitacionais da Baixada, o Estivadores.

Bairro da Aparecida
Localizado entre o Embaré, a Ponta da Praia e o Macuco, Aparecida é um bairro criado pelo Plano Diretor Físico do Município em 1968. Foi desmembrado do bairro do Macuco e levou o nome da Igreja de Nossa Senhora de Aparecida, fundada em 1943 na Av. Afonso Pena, 350. É um dos mais populosos de Santos, com dois dos maiores conjuntos habitacionais da cidade.

O bairro da Aparecida visto da beira do mar.
Bairro da Areia Branca
O bairro foi sendo ocupado de forma indiscriminada, como a maioria dos bairros da Zona Noroeste. Somente depois de habitado é que foram feitos os serviços de saneamento básico, de água, esgoto e energia elétrica. O bairro foi criado oficialmente pelo Plano Diretor Físico de 1968 e tem essa denominação devido à cor de suas areias, que ainda se pode observar em alguns pontos da região. Hoje o bairro é dominado pelo Cemitério de Areia Branca, inaugurado 15 anos antes da criação do bairro, em 1953, na gestão do prefeito Antônio Feliciano. Hoje ele concentra 6.740 habitantes.

Bairro da Ponta da Praia
Por se localizar no extremo leste do Município, era um dos piores bairros de Santos. Outrora, a maioria de seus moradores eram pescadores e horticultores, a maior parte japoneses que chegaram com o navio Kasatu Maru em 1908. Mais tarde ali existiu o Jóquei Clube Santista, com um movimentado hipódromo, cujas corridas eram festivamente disputadas em 1919. O nome do bairro vem de sua localização, no ponto em que a ilha e a cidade se estreitam no final da praia. De acordo com o Plano Diretor Físico (1968), a área recebeu melhorias básicas e foi totalmente urbanizada, com a pavimentação de ruas e construção de jardins e praças, de modo a atrair a classe média alta da cidade. E foi o que aconteceu realmente. Hoje, a Ponta da Praia é um dos bairros mais valorizados de Santos e onde se localizam os maiores clubes desportivos da cidade.

Vista aérea da Ponta da Praia no início do século XX, onde se pode ver
o Clube Saldanha da Gama e, ao fundo, parte do antigo Jockey Club
de Santos (imagem M.Serrat).
Jardim Castelo
Antigamente, Jardim Castelo não era o bairro, mas o nome de um conjunto habitacional construído pela Cohab na década de 60, o "Conjunto Marechal Humberto de Alencar Castelo Branco", na Zona Noroeste. Com a redivisão do espaço urbano de Santos, em 1968, o Jardim Castelo passou a ser um novo bairro, com áreas tiradas do Jardim Rádio Clube. Está situado no quadrilátero das avenidas Hugo Maia, Jovino de Mello, Álvaro Guimarães e Francisco Di Domênico. Até hoje existe muita confusão quanto aos limites exatos dos dois bairros, a ponto dos próprios moradores trocarem os nomes. Na verdade, os dois bairros se coincidem em suas características. Tem cerca de 12 mil habitantes.

Jardim Piratininga
O Jardim Piratininga foi criado em 1969, quando já era ocupado por 90 casas. Está situado na Zona Noroeste, em uma área na divisa com Cubatão, ao lado da Alemoa. Nos anos 70 o BNH ergueu mais 160 casas e o bairro tomou impulso, crescendo até o limite imposto por sua própria área, com 256 casas. O bairro possui toda a infra-estrutura básica, como ruas asfaltadas e iluminadas e escola pública.
No pequeno bairro, que há cerca de 30 anos permanece praticamente igual no tamanho, moram cerca de 1.200 pessoas, a maioria morando ali desde o seu início, de modo que todos se conhecem, o que confere grande tranquilidade aos moradores. Realmente, no Piratininga se tem a impressão de estar em uma cidade dentro de outra cidade. As casinhas, quase todas geminadas, dão a impressão de que se trata de uma cidadezinha do interior paulista.
1 - Valongo
2 - Centro
3 - Paquetá
4 - Via Nova
5 - Vila Mathias
6 - Jabaquara
7 - Marapé
8 - Vila Belmiro
9 - Encruzilhada
10- Macuco
11- Campo Grande
12- José Menino
13- Pompéia
14- Gonzaga
15- Boqueirão
16- Embaré
17- Aparecida
18- Ponta da Praia
19- Estuário
20- Saboó
21- Chico de Paula
22- Jd. Santa Maria
23- Caneleira
24- Vila São Jorde
25- Areia Branca
26- Jardim Castelo
27- Jd. Rádio Clube
28- Bom Retiro
29- Jd. São Manoel
30- Alemoa
31- Jd. Piratininga
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