Nasceu em Santos a 20 de junho de 1870 e estudou no Colégio
Juvena Santista.
Desde 15 anos dedicou-se à imprensa, trabalhando no "Diário
de Santos" e em outros jornais locais. Aos 17 anos se destacava
entre os jornalistas abolicionistas. Fundou com Gastão
Bousquet "A Revista", folha literária e republicana.
Como parte da mocidade abolicionista de Santos, lutou ao lado
de Vicente de Carvalho, Sylvério Fontes, Cândido
de Carvalho e muitos outros, através das colunas dos
jornais da Bohêmia Abolicionista - "O Alvor",
"Piratiny", "O Patriota", "Idéia
Nova", e também do "Diário de Santos"
e "Jornal da Tarde".
Em 1888 redigia "O Bisturi", jornal de combate em
São Paulo, e no mesmo ano colaborava na fundação
da "Platéia". Logo depois entra para a redação
de "A Província de São Paulo" (atual
"O Estado de São Paulo").
Em 1892 Vicente de Carvalho, então Secretário
do Interior, o chama para seu Secretário de Gabinete.
Depois volta para São Paulo, trabalhando no "Correio
Paulistano", no "Commercio de São Paulo"
e no "São Paulo Jornal", também colaborando
em grande parte dos jornais de Santos, São Paulo e Rio
de Janeiro, assim como em quase todas as grandes revistas nacionais.
Suas primeiras produções em prosa e verso foram
feitas quando ele era muito jovem, mas seus primeiros livros
publicados aparecem a partir de 1898, quando publica "Espiritualismo
e Positivismo". Nesse ano ele funda em Santos o jornal
"Cidade de Santos", jornal do Partido Republicano
local.
Poeta, escritor e jornalista, Alberto Souza, além de
outros trabalhos, escreveu "Os Andradas", que recebeu
elogios dos historiadores Rocha Pombo e Capistrano de Abreu.
Pouco antes de sua morte, a Universidade de Virgínia,
nos Estados Unidos, conferiu-lhe o grau de doutor "in honoris
causa" em reconhecimento aos seus conhecimentos em ciências
sociais.
Faleceu em São Paulo, a 28 de setembro de 1927, deixando
mais de 15 obras editadas e centenas de trabalhos esparsos. |