Gente que fez história
Francisco Saturnino Rodrigues de Brito
1864 - 1929
Apesar de não ser santista de nascimento, este extraordinário engenheiro sanitarista figura aqui em reconhecimento. Todo santista, nato ou por adoção, tem com ele uma eterna dívida de gratidão. Basta dizer que é dele o projeto de urbanização das praias, com os belos jardins que são um de nossos melhores cartões postais.

Francisco Saturnino Rodrigues de Brito nasceu em Campos, Rio de Janeiro, a 14 de julho de 1864. Formou-se pela antiga Escola Politécnica do Rio de Janeiro.
Abandonou a carreira profissional para combater em defesa da República, no Batalhão Benjamin Constant.

Depois da proclamação da República, dirigiu estudos para melhoramentos da cidade de Vitória, no Espírito Santo. No ano seguinte participou da Comissão de Saneamento do Estado de São Paulo, organizando os projetos de saneamento das cidades paulistas de Campinas, Ribeirão Preto, Limeira, Sorocaba e Amparo. Em 1898 encarregou-se dos projetos fluminenses de Petrópolis, Paraíba do Sul, Itacoara e Campos. Ainda realizou projetos parciais nas capitais de São Paulo e Pernambuco e foi Diretor da Repartição de Saneamento do Estado, em Santos.

Saturnino de Brito foi o projetista do extraordinário plano de saneamento de Santos, de repercussão internacional, iniciado em 1906 e inaugurado oficialmente em 21 de maio de 1914, em meio à grande festividade, com a inauguração da Ponte Pênsil em São Vicente, construída especialmente para sustentar os emissários do esgoto de Santos. O plano de saneamento de Saturnino projetou a construção de canais em direção ao mar e ao estuário, livrando a cidade definitivamente da insalubridade e das epidemias, assegurando a habitabilidade e o desenvolvimento da cidade e do porto.
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Saturnino ainda elaborou projeto de planejamento urbano para a cidade que, além da disposição de ruas e quadras a partir dos canais, previa a construção de grandes áreas verdes das quais apenas foram implantadas o Orquidário e os jardins da orla das praias.
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Publicou diversos livros: "Apontamentos de Geometria Analítica" (1882), "Teoria Lógica da Assimilação" (1887) e "Esgotos das Cidades" (1901). Seus processos técnicos foram adotados na França, Inglaterra e Estados unidos. Sua vasta obra foi compilada em 23 volumes.
Faleceu em Pelotas, no Rio Grande do Sul, a 10 de março de 1929.
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