Sacramento Macuco nasceu em Santos a 30 de novembro de 1851.
Realizou seus primeiros estudos em Santos e ainda jovem, em
1871, fundou o "Pyrilampo" junto com Hypolito da Silva
e Antonio Manoel Fernandes.
Depois viajou para os Estados Unidos, formando-se em Direito
pela Universidade da Pensilvânia. Seguiu para a Europa,
visitando os principais países, demorando-se em Paris
e em Lisboa.
Pelo ano de 1877 retorna a Santos e se junta a seus antigos
companheiros do "Pyrilampo". Os três fundam
"O Raio", instrumento inflamado da campanha abolicionista
chefiada em São Paulo por Luiz Gama. Durante o movimento
abolicionista teve destacada atuação, redigindo
com Vicente de Carvalho o "Diário do Comércio",
participando da organização da "Bohêmia
Abolicionista", de grande significado na história
paulista da abolição. Colaborou participando dos
atos de propaganda e dos jornais abolicionistas criados a partir
de 1881: "O Embryão", "O Porvir",
"O Pirata", "O Alvor", "O Piratiny",
"O Patriota", "A Idéia Nova", e também
nos grandes jornais locais, como o "Diário de Santos"
e, mais tarde, no "Cidade de Santos", sob a chefia
de Martim Francisco.
Quase todas as peças teatrais de propaganda abolicionista
levadas no Theatro Guarany e no Theatro Rink eram de sua autoria.
Sua última peça foi "A Sombra da Cabana".
Como não valia no Brasil o diploma que obtivera no exterior,
Sacramento Macuco teve que prestar exame em Santos e, logo depois,
perante o Tribunal da Relação do Direito, obtendo
o título de advogado que passou a exercer na cidade.
Por sua atuação no Júri santista, foi nomeado
Promotor Público da cidade e, mais tarde, Delegado de
Polícia.
Como Vereador da Câmara santista foi um dos redatores
da Constituição Política do Município,
promulgada em 1894. Nesse mesmo ano é eleito Intendente
Municipal.
Sacramento Macuco foi jornalista, escritor, poeta, abolicionista
e orador. Como teatrólogo alcançou fama nacional,
assim como homem de ideais.
Faleceu em Santos, a 5 de novembro de 1901. |