Gente que fez história
Comendador João Manoel Alfaya Rodrigues
1850 - 1941
Nasceu em Santos a 13 de abril de 1850. Seus primeiros estudos foram em São Paulo, no Seminário Episcopal. Em seguida estudou no Colégio Galvão e depois no Curso da Faculdade de Direito, com 13 anos.

Retornou a Santos para ingressar na casa comercial de seu pai.
Aos 16 anos de idade entrava para o quadro social da Santa Casa de Misericórdia de Santos.

Em 1873 é nomeado Capitão Secretário do Comando Superior do Município de Santos e anexos da Província de São Paulo, posto do qual se reforma como major em 1894. No mesmo ano de 1873 é nomeado Delegado de Polícia, e novamente em 1874 e 1877.

Por ocasião da epidemia de febre amarela e varíola que assolou Santos em 1874, Alfaya Rodrigues foi incumbido pelo governo de instalar as enfermarias separando as doenças. No Convento de São Bento ele organizou a enfermaria de varíola e na Beneficência Portuguesa a de febre amarela, dirigindo os dois hospitais durante a crise. Por sua ação durante a epidemia, Alfaya Rodrigues recebeu elogios do Governo Imperial e a cidade de Santos, através de subscrição, adquiriu a venera de Cavalheiro da Imperial Ordem da Rosa por serviços prestados à Humanidade, que lhe foi ofertada em manifestação pública.

Foi nomeado Juiz Municipal em 1875, 1876 e 1880 e Inspetor da Instrução em Santos no ano de 1876, quando atendeu os pedidos de materiais dos professores públicos, financiando de seu próprio bolso a compra de móveis e livros.

Em 1885, por ordem do Governo Provincial, Alfaya Rodrigues e Francisco Martins dos Santos colaboram nos relatórios e estatísticas sobre a qualidade das terras do Município, sua produção e qualidades minerais e realizam também o recenseamento do município.

Em 1887 é nomeado Agente Oficial da Imigração do Estado de São Paulo, encarregado de receber e expedir os imigrantes chegados da Europa, cargo que exerce durante muitos anos.

Foi um dos fundadores da Praça do Comércio de Santos, hoje Associação Comercial, e Presidente do Partido Conservador no tempo do Império.

Vereador, presidente e vice-presidente da Câmara Municipal em 1913, 1916, 1919, 1922 e 1925, sempre conseguiu melhoramentos para a cidade, e lutou durante 20 anos para a construção do monumento a Brás Cubas, o que conseguiu em 1908.

Foi Vice-Cônsul da Espanha, Cônsul da Argentina e Cônsul da Guatemala em Santos e fez parte do Congresso Mariano em Roma como Deputado Católico ao Vaticano.

Como filantropo, atuou em diversas instituições beneficentes.
Quando foi extinta a escravidão, organizou em São Paulo a Sociedade Propagadora.

Em 1899 empreende viagem cultural pela Europa, residindo por 2 anos em Paris para completar a educação artística de seu filho, o pintor santista Wladimir Alfaya.

Recebeu muitas condecorações e títulos no decorrer de sua vida.
Faleceu a 15 de agosto de 1941.
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