Nasceu em Santos a 13 de abril de 1850. Seus primeiros estudos
foram em São Paulo, no Seminário Episcopal. Em
seguida estudou no Colégio Galvão e depois no
Curso da Faculdade de Direito, com 13 anos.
Retornou a Santos para ingressar na casa comercial de seu pai.
Aos 16 anos de idade entrava para o quadro social da Santa Casa
de Misericórdia de Santos.
Em 1873 é nomeado Capitão Secretário do
Comando Superior do Município de Santos e anexos da Província
de São Paulo, posto do qual se reforma como major em
1894. No mesmo ano de 1873 é nomeado Delegado de Polícia,
e novamente em 1874 e 1877.
Por ocasião da epidemia de febre amarela e varíola
que assolou Santos em 1874, Alfaya Rodrigues foi incumbido pelo
governo de instalar as enfermarias separando as doenças.
No Convento de São Bento ele organizou a enfermaria de
varíola e na Beneficência Portuguesa a de febre
amarela, dirigindo os dois hospitais durante a crise. Por sua
ação durante a epidemia, Alfaya Rodrigues recebeu
elogios do Governo Imperial e a cidade de Santos, através
de subscrição, adquiriu a venera de Cavalheiro
da Imperial Ordem da Rosa por serviços prestados à
Humanidade, que lhe foi ofertada em manifestação
pública.
Foi nomeado Juiz Municipal em 1875, 1876 e 1880 e Inspetor da
Instrução em Santos no ano de 1876, quando atendeu
os pedidos de materiais dos professores públicos, financiando
de seu próprio bolso a compra de móveis e livros.
Em 1885, por ordem do Governo Provincial, Alfaya Rodrigues e
Francisco Martins dos Santos colaboram nos relatórios
e estatísticas sobre a qualidade das terras do Município,
sua produção e qualidades minerais e realizam
também o recenseamento do município.
Em 1887 é nomeado Agente Oficial da Imigração
do Estado de São Paulo, encarregado de receber e expedir
os imigrantes chegados da Europa, cargo que exerce durante muitos
anos.
Foi um dos fundadores da Praça do Comércio de
Santos, hoje Associação Comercial, e Presidente
do Partido Conservador no tempo do Império.
Vereador, presidente e vice-presidente da Câmara Municipal
em 1913, 1916, 1919, 1922 e 1925, sempre conseguiu melhoramentos
para a cidade, e lutou durante 20 anos para a construção
do monumento a Brás Cubas, o que conseguiu em 1908.
Foi Vice-Cônsul da Espanha, Cônsul da Argentina
e Cônsul da Guatemala em Santos e fez parte do Congresso
Mariano em Roma como Deputado Católico ao Vaticano.
Como filantropo, atuou em diversas instituições
beneficentes.
Quando foi extinta a escravidão, organizou em São
Paulo a Sociedade Propagadora.
Em 1899 empreende viagem cultural pela Europa, residindo por
2 anos em Paris para completar a educação artística
de seu filho, o pintor santista Wladimir Alfaya.
Recebeu muitas condecorações e títulos
no decorrer de sua vida.
Faleceu a 15 de agosto de 1941. |