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Gente que
fez história |
Manoel
Joaquim Ferreira Neto
1838 - 1898* |
O Comendador Ferreira Neto era santista por adoção
e português de nascimento. Foi um próspero comerciante
que enriqueceu com as exportações de café,
um negociante capitalista, dono de diversos imóveis na
cidade.
Ingressou na política e foi eleito suplente de vereador,
cujo cargo foi chamado a ocupar em 1866.
Foi provedor da Santa Casa de Santos em 1847.
Ferreira Neto entrou para a história da cidade por ter
sido ele quem construiu o sobradão azulejado da Rua do
Comércio, 92/94/96/98, hoje tombado, para ali instalar
a sua residência, os armazéns e o escritório
de sua firma, a Casa de Comércio Ferreira Neto &
Cia. A casa, cujo projeto segue influência francesa, foi
terminada em 1865. Destruída por um incêndio na
década de 50, foi totalmente restaurada no ano de 2000
e constitui atração turística do Centro
histórico. |
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A Casa de Frontaria
Azulejada não tinha azulejos quando foi concluída
por Ferreira Neto. Os azulejos foram colocados depois,
por seu sócio (foto Setur). |
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Outro prédio que ele construiu foi o conjunto dos
casarões do Valongo, em estilo neoclássico, o
primeiro em 1867 e o segundo em 1872, e que era o maior edifício
civil da época. Ferreira Neto os construiu baseado nos
boatos de que o governo provincial iria se instalar em Santos,
uma peça que lhe pregou um grupo de santistas.
Ferreira Neto e sua esposa utilizaram um dos casarões
como residência até 1895, quando passaram a abrigar
a Câmara e a Prefeitura até o ano de 1939. Destruído
por um incêndio em 1985, suas ruínas foram tombadas
pelo Condephaat e hoje fazem parte do conjunto histórico
do Valongo.
Ferreira Neto morreu sem deixar descendentes, em 1898.
* datas presumidas |
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Até a chegada da São Paulo
Railway, esses terrenos eram alagadiços. A construção
da estação trouxe consigo a reurbanização
que deu lugar ao Largo Marquês de Monte Alegre. Os casarões
foram residência de seu construtor até 1895 e depois
Prefeitura e Câmara até 1939. A partir daí
entraram em decadência, abrigando hotéis, bares,
restaurantes, escritórios e até borracharia. Em
1985 um grande incêndio destruiu um dos blocos, cujas
paredes desabaram em 1986, e o bloco remanescente sofreu novo
incêndio em 1992. As ruínas dos Casarões,
em conjunto com a Igreja de Sto. Antonio e a Estação
do Valongo, fazem do Largo Marquês de Monte Alegre um
dos mais importantes logradouros de Santos. Sua restauração
faz parte do projeto de revitalização do bairro
(imagem Poliantéia Santista). |
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