Nasceu em Santos, a 25 de abril de 1827. Estudou em Santos
e São Paulo, e ingressou na Faculdade de Direito, onde
se destacou como orador e poeta, publicando seu primeiro livro,
"Harpa Gemedora". Formou-se em 1848 como bacharel
em Ciências Jurídicas e Sociais, aos 21 anos de
idade.
Durante algum tempo dedicou-se ao ensino, em escolas e aulas
particulares. Depois foi residir em Taubaté, lecionando
História e Geografia, onde permaneceu durante alguns
anos.
Em seguida mudou-se para o Rio de Janeiro, onde estabeleceu
sua banca de advocacia. A partir de 1858 ingressou no funcionalismo
público, como ajudante do Procurador Fiscal do Tesouro
Nacional, onde desempenhou várias tarefas dessa repartição
no Rio, em São Paulo e em Pernambuco, até se aposentar
como Diretor-Geral.
Nesse período publicou algumas obras.
Enquanto residia no Rio e trabalhava no Tesouro Nacional, fazia
frequentes visitas a Santos, ocasiões em que fez doação
de diversos terrenos à Municipalidade, para a abertura
de ruas e outras obras.
De 1873 a 1876 foi Deputado pela Província de Goiás.
Por essa época, foi elevado a dignatário da Ordem
da Rosa, chamado para o Conselho do Imperador e eleito membro
do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro.
O Barão de Paranapiacaba teve destacada atuação
na literatura nacional, tanto por suas obras quanto pelas traduções
que fez, pois tinha conhecimento de diversas línguas
vivas e mortas, notadamente o Inglês, Francês, Italiano,
Grego, Latim e Hebraico.
Também o Conservatório Dramático do Rio
de janeiro o tornou membro e depois presidente, por sua colaboração
e obra em favor do teatro.
Recebeu seu título do Imperador D. Pedro II e faleceu
no Rio de Janeiro a 2 de fevereiro de 1915, aos 88 anos de idade.
Deixou um grande número de obras e traduções
publicadas, além de colaborações no antigo
jornal "Correio Mercantil" e no "Jornal do Comércio",
onde usava as iniciais "O.J." |