Nasceu em Santos a 25 de abril de 1827.
Ainda muito jovem viajou para a Inglaterra, onde permaneceu
até a idade de 18 anos, estudando em Londres e também
em Berlim. Estava para ingressar na universidade quando teve
que voltar ao Brasil devido à morte do pai.
De volta a Santos, em 1847, aos 20 anos, é nomeado Vice-Cônsul
da Áustria e da Cidade Livre de Lubeck e, no ano seguinte,
da Dinamarca.
Em 1850 vai para o Rio de Janeiro e ingressa no "Jornal
do Comércio", considerado na época o mais
importante jornal da América do Sul, onde permanece até
1852, quando é nomeado Corretor Oficial da Praça
do Rio de Janeiro. Nessa época ele tenta completar os
estudos, mas não consegue devido a problemas financeiros
com o sustento de sua família.
Em 1865, declarada a Guerra do Paraguai, ele age pelo favorecimento
do voluntariado. Nessa ocasião é procurado para
voltar ao "Jornal do Comércio", assumindo a
parte comercial e a seção dos debates da Câmara
dos Deputados.
Em 1870, quando se funda o Partido Republicano no Rio de Janeiro,
ele é um de seus primeiros afiliados.
Abandonando o jornalismo, ele é convidado pelo diretor
da Escola Militar para ocupar a cadeira de professor de inglês,
mas recusa por ser republicano e por "não aceitar
favores da monarquia".
Em 1871 ele abandona o cargo de Corretor e a Junta dos Corretores
do Rio de Janeiro, da qual era o presidente, para retornar ao
"Jornal do Comércio", desta vez como gerente.
Foi um dos principais organizadores da Estrada de Ferro Sorocabana,
dos Engenhos Centrais de Capivari e Porto Feliz e da Estrada
de Ferro do Rio Verde.
Quando começou em Santos a campanha abolicionista, Augusto
Fomm volta a Santos e auxilia no movimento.
Em 1871, depois do apedrejamento da sede do jornal "A República",
concorre monetariamente para a sua reorganização.
Nessa ocasião ele funda, em sua própria casa no
Catete, uma sede de abolicionistas e republicanos, o 2°
Clube Republicano do Rio de Janeiro, do qual foi presidente
até morrer.
Augusto Fomm foi colega do escritor Garcia Redondo e de Francisco
Picanço da Costa, com quem fundou o "Echo Acadêmico".
Datam dessa época as suas poucas obras editadas, dentre
seus inúmeros trabalhos dispersos.
Faleceu no Rio de Janeiro, a 30 de março de 1887, sem
ver realizado os seus dois maiores sonhos: a abolição
e a república. |