Nasceu em Santos, em 1825, sobrinho de José Bonifácio
(o Patriarca).
Foi administrador da Santa Casa de Misericórdia em 1851
e 1852 e nomeado Juiz Municipal de Santos, cargo em que permaneceu
por muitos anos, até mais ou menos 1858, quando ingressou
na Diplomacia.
Começou sua carreira diplomática como adido da
Delegação em Washington. Em seguida foi secretário
em Londres, Encarregado de Negócios na Colômbia
e Venezuela, depois no Chile e no Uruguai.
Depois disso foi Enviado Extraordinário e Ministro Plenipotenciário
no Uruguai, Argentina, Áustria-Hungria, Chile, Portugal,
Suíça, Itália (Vaticano) e Estados Unidos.
Em 1867 no Chile, atuou na questão do protesto do Peru,
Chile, Bolívia e Equador contra a Tríplice Aliança
(Brasil, Argentina e Uruguai), por prejudicar os interesses
vitais e comuns às nacionalidades do continente.
Em 1876, na Argentina, tomou parte das negociações
para os tratados entre Argentina e Paraguai, definitivo de Paz,
Limites e Arbitramento, Amizade, Comércio e Navegação.
Nessa ocasião, com ordens do Barão de Cotegipe,
procurou obter de Bernardo Irigoyen, então Ministro das
Relações Exteriores, a troca das ratificações
do Tratado de Limites de 1857, que fora celebrado pelo Visconde
do Rio Branco com o governo do General Urquiza.
Em 1877, no Uruguai, assinou com o Ministro Ambrósio
Velasco e Jacinto Villegas o protocolo que garantia a independência,
soberania e integridade territorial do Paraguai.
Em 1886, no Chile, presidiu as comissões mistas encarregadas
de resolver as questões resultantes da guerra entre o
Chile, de um lado, e Peru e Bolívia do outro.
Pelo Tratado de 1889 a questão das Missões deveria
ser submetida ao arbitramento do Presidente dos Estados Unidos.
Aguiar de Andrada foi o escolhido para chefiar a missão
especial incumbida da defesa dos direitos do Brasil. Estava
nos Estados Unidos, em cumprimento dessa tarefa, quando faleceu
a 28 de março de 1892. |