Gente que fez história
Marquês de São Vicente
José Antonio Pimenta Bueno

1803 - 1878
Consta que Pimenta Bueno nasceu em Santos, em dezembro de 1803, de pais desconhecidos. Foi abandonado à porta do cirurgião-mor José Antonio Pimenta Bueno.

Realizou seus primeiros estudos em São Paulo com muitas dificuldades, pois era pobre. Ao terminar o curso de humanidades, trabalhava desde 1824 como amauense do Tesouro Provincial, nessa época revelando-se no primeiro jornal paulistano, o "Pharol Paulistano", de José da Costa Carvalho (futuro Marquês de Monte Alegre).

Quando os Cursos Jurídicos foram instalados em São Paulo ele se matriculou em 1828, ocasião em que foi promovido a oficial do Conselho Geral da Província, função que exerceu até 1832.
Formado pela Faculdade de São Paulo, foi nomeado Juiz de Fora da Vila de Santos e Juiz da Alfândega e, no ano seguinte, Juiz de Direito e Chefe de Polícia.

Em sua vida pública ele ocupou vários cargos e mandatos: Juiz de Direito do Paraná, Presidente da Província de Mato Grosso, Desembargador da Relação do Maranhão e depois da Corte, Ministro do Supremo Tribunal de Justiça, Deputado à Assembléia Geral Legislativa da Província de São Paulo por duas vezes, Provedor da Santa Casa de Misericórdia de Santos, Ministro e Secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros por duas vezes, Ministro da Justiça, Presidente da Província do Rio Grande do Sul, Senador do Império, Enviado Extraordinário e Ministro Plenipotenciário junto ao Governo da República do Paraguai após a guerra, além de ter desempenhado outras missões na área diplomática.

O Imperador o honrou com diversos títulos: Oficial da Ordem da Rosa, Conselheiro de Estado Extraordinário, Conselheiro de Estado Ordinário, Visconde de São Vicente e finalmente Marquês de São Vicente.

Pimenta Bueno foi companheiro dos grandes santistas Martim Francisco, José Bonifácio, Antonio Carlos, Visconde de São Leopoldo e Conselheiro Nébias.
Seu nome está ligado a muitos melhoramentos realizados no país, notadamente a organização em sociedade com o Marquês de Monte Alegre e o Visconde de Mauá para a construção da Estrada de Ferro Santos-Jundiaí, sobre os antigos privilégios concedidos a Frederico Fomm.
Os projetos de Pimenta Bueno eram sempre bem recebidos pelo Imperador e assim, em 1866 se discutia a abertura do Amazonas, em 1867, a emancipação dos escravos e os Conselhos da Presidência e, em 1868, a Reforma do Conselho de Estado.

Faleceu no Rio de Janeiro, a 19 de fevereiro de 1878, com 75 anos, deixando inúmeras obras editadas, nas áreas de ciências jurídicas, geografia e história brasileira.
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