Nasceu em Santos a 16 de agosto de 1792. Estudou aqui e em
São Paulo, onde colou grau.
Retorna a Santos onde desempenha importantes cargos públicos,
ao mesmo tempo dirigindo sua casa comercial e sua Fazenda do
Ponto Alto, em São Bernardo. Como negociante era matriculado
no Tribunal de Comércio do Rio de Janeiro.
Em 1821 é Capitão de Milícia nomeado pelo
Governo Provisório da Província. Após os
agitados meses que antecederam a Independência, ele recebe
o grau de Cavalheiro da Ordem de Cristo por sua atuação
nos acontecimentos de Santos e os serviços prestados
à causa da Independência.
Em 1827 é nomeado administrador do Contrato e Barreira
do Cubatão e das obras da Serra da Maioridade, nome que
recebeu a Serra do Cubatão, lembrando a proposta paulista
de Antonio Carlos de Andrada e Silva que determinou a coroação
de D. Pedro II.
Em 1828, com a criação dos Conselhos Gerais das
Províncias, ele é eleito Conselheiro por São
Paulo na 2ª e na 3ª legislaturas, ao lado do Marquês
de São Vicente. Com a extinção dos Conselhos
em 1834, ele é eleito Deputado para a primeira Assembléia
Provincial.
Com a organização dos municípios, em 1829
é eleito para a primeira Câmara de Santos, chamada
a "Câmara dos Padres" por reunir quatro sacerdotes.
Foi novamente eleito Vereador nos anos de 1841, 1842, 1844,
1849, 1852, 1854 e 1856, ocupando algumas vezes o cargo de Presidente
da Câmara.
Provedor da Santa Casa de Misericórdia em 1832/1833 e
1835/1836, iniciou a construção do terceiro prédio
da Santa Casa, inaugurado em 1836.
Para a visita visita do Imperador D. Pedro II a Santos, em 1846,
o Governo da Província encarrega Antonio Martins dos
Santos de recebê-lo com todas as honras, tarefa que ele
executa juntamente com Antonio Ferreira da Silva (Visconde de
Embaré), e pela qual recebe o grau de Comendador da Ordem
de Cristo e o título honorífico de Guarda da Serra
da Maioridade.
O Comendador Martins foi eleitor da Paróquia durante
muitos anos, com a atribuição de eleger os deputados
regionais para as Legislaturas Estaduais.
Foi casado duas vezes. Em 1812 com Senhorinha Portugueza da
Cruz, com quem teve 13 filhos, e que faleceu em 1838. Em 1839
se casou com Carolina Marianna Almada Galvão Bueno, com
quem teve mais 9 filhos, entre eles Américo Martins dos
Santos, um dos iniciadores do movimento abolicionista em Santos.
Faleceu a 24 de abril de 1861, em sua fazenda do Ponto Alto,
em São Bernardo. |