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Gente que
fez história |
Alexandre
Lourenço de Gusmão
1695 - 1753 |
Alexandre de Gusmão (reprod.
de quadro de Oswaldo Teixeira |
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Alexandre de Gusmão, irmão de Bartolomeu
de Gusmão, nasceu em Santos em 1695. Seus primeiros
estudos foram sob os cuidados do jesuíta Alexandre
de Gusmão, de quem era afilhado, no Colégio
dos Jesuítas da Vila de Santos.
Partiu para Portugal, onde se formou em Direito na Universidade
de Coimbra e depois foi estudar na França, onde
se formou em Direito Cível, Romano e Eclesiástico
pela Universidade de Paris.
No ano seguinte foi nomeado secretário da embaixada
que complementou o Tratado de Paz de Utrech. Em 1720 foi
nomeado para a representação de Portugal
junto ao Congresso de Cambray, mas nem chegou a tomar
parte porque o rei D. João V o envia para Roma,
onde atua na diplomacia de 1721 a 1728. |
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Como embaixador de Portugal em Roma, ele consegue junto à
Santa Sé o título de Fidelíssimo para o
rei de Portugal, criando-se assim o Patriarcado de Portugal.
Foi-lhe oferecida a dignidade de Príncipe Romano pelo
Papa Benedito VIII, graça que ele rejeitou.
De volta a Portugal assume o cargo de escrivão da puridade
(secretário particular) de D. João V. Assume a
Secretaria de Estado dos Negócios Estrangeiros em 1731
e fica encarregado dos despachos da Secretaria de Estado para
o Brasil em 1734.
Foi também secretário da Embaixada Portuguesa
na Corte de Luiz XIV. À habilidade diplomática
de Alexandre de Gusmão se deve o famoso Tratado de 1750,
celebrado entre Portugal e Espanha, através do qual se
fixaram os limites das possessões dos dois países
na América Meridional, e que depois foi modificado pelo
Tratado de 1761.
Em 1742 é nomeado para o Conselho Ultramarino. No cargo
de Ministro Ultramarino ele conseguiu a criação
dos Bispados de Minas Gerais, São Paulo e Pará.
Diplomata, escritor, poeta e epistológrafo, o santista
Alexandre de Gusmão foi considerado um dos grandes nomes
da Portugal do século XVIII. Faleceu em Lisboa, a 31
de outubro de 1753, deixando inúmeras obras editadas
e manuscritos. |
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