Gente que fez história
Martim Afonso de Souza
1500 - 1571
Nasceu em Vila Viçosa, Portugal, no ano de 1500, tendo sua primeira instrução a cargo de seu pai Lopo de Souza, Alcaide-Mor de Bragança, e dos frades do Convento de São Domingos. Após o falecimento de seu pai, o duque D. Jaime quis nomeá-lo sucessor na alcaiadaria, mas Martim Afonso recusou.
(Bico de pena de Lauro R. Silva)
Com a morte do rei D. Manoel, em dezembro de 1521, Martim Afonso acompanha a rainha viúva Dona Leonor até Castela, a pedido do príncipe herdeiro, seu amigo desde a juventude e agora rei de Portugal, D. João III.
Na Espanha, Martim Afonso casa-se com Ana Pimentel, passando logo depois a combater as forças francesas ao lado do Imperador Carlos V. Devido a sua atuação no campo de batalha, recebeu elogios de D. Iñigo Fernandez de Velasco, condestável de Castela, perante Carlos V. O Imperador das Espanhas, Alemanha e Flandres quis recompensá-lo e retê-lo, ao que Martim Afonso agradeceu mas se manteve a serviço do rei de Portugal.
D. João III convida-o, por carta, a acompanhar a Princesa Dona Catarina, sua futura esposa e irmã de Carlos V, a Portugal, vindo com
ela Ana Pimentel como dama de honra. Isso se passava no ano de 1525. Em 1530 Martim Afonso é nomeado para comandar a primeira expedição colonizadora com destino ao Brasil, finalizando com a elevação à Vila do Povoado de São Vicente e iniciando diversos povoados e a colonização regular do Brasil. Regressando a Portugal em 1533, ele deixa o Pe. Gonçalo Monteiro como governador civil da futura Capitania de São Vicente.
A Capitania de São Vicente lhe foi doada por duas cartas-régias depois de sua partida. Ambas de Évora, a primeira a 6 de outubro de 1534 era a carta de doação; a segunda, de 20 de janeiro de 1535, era a carta foral onde constavam os direitos do rei e do donatário da Capitania.
Em 1534 é nomeado Capitão-Mor do mar da Índia. Deixando sua mulher como sua procuradora em Portugal, ele parte para a Índia a 14 de março desse mesmo ano. Regressou a Lisboa em 1539 e, em 1541, voltou para a Ásia como Governador da Índia, onde permaneceu combatendo e governando de 1542 a 1546, quando passou o Governo a D. João de Castro, voltando da Índia muito rico.
Sendo muito considerado na Corte, Martim Afonso passou a fazer parte do Conselho del-Rei.
Morreu em Lisboa, em 1571, sem nunca mais ter regressado a São Vicente, que foi herdada pelo filho, Pero Lopes de Souza (homônimo do tio). Martim Afonso foi sepultado no Convento de São Francisco em Lisboa, em capela construída por ele e sua mulher.
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